O Hospital Carlos Fernando Malzoni participou da Oficina Anual de Combate à Sífilis no Estado de São Paulo DRS–III e Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) XIII Araraquara, realizada no dia 29 de agosto de 2023, com ênfase em gestante e criança expostos à sífilis. Os temas abordados foram: Dados Epidemiológicos Regionais, Notificação e Vigilância dos Casos, Manejo Clínico e Diagnóstico da Sífilis, Linha de Cuidado da Criança com Sífilis Congênita e Exposta à Sífilis, Experiências exitosas e fragilidades das Redes de Cuidados nos Municípios de Araraquara e São Carlos. O evento contou com palestrantes especialistas nos temas, como Marcia Barbieri, diretora do GVE XII Araraquara, enfermeira Marisa Monteiro do SESA, Dr. André Peluso Nogueira, infectologista, Viviane Souza, articuladora de atenção básica da DRS – III, e Dr. Roberto José Carvalho da Silva CRT/SP, entre outros.
O Hospital Carlos Fernando Malzoni, que é referência em maternidade e gestação de alto risco, levou para o evento duas palestrantes: a coordenadora do SCIH, enfermeira Fabiana Lobo Masalskiene e a enfermeira obstetra Natália Cadioli Doi. Elas apresentaram todo atendimento realizado no HCFM focado no tratamento para a gestante com sífilis e recém-nascido com sífilis congênita, e ainda como funciona o agendamento para seguimento desses casos pós alta. De acordo com Fabiana Masalskiene, “o sucesso ao combate à sífilis se dá através do trabalho em conjunto da Rede de Atenção Básica e Hospitais”.
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Essa doença é curável, e só se manifesta no ser humano. A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, e pode apresentar diferentes estágios de manifestações clínicas: primária, secundária, latente e terciária. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou ainda para a criança durante a gestação ou parto.
No Brasil foram registrados mais de 167 mil novos casos de sífilis adquirida; 74 mil casos em gestantes, com taxa de 27,1 para cada 1 mil nascidos vivos; 27 mil ocorrências de sífilis congênita, com taxa de 9,9 em menores de um ano por 1 mil nascidos vivos; e 192 óbitos por sífilis congênita, com taxa de 7,0 por 100 mil nascidos vivos (dados de 2021 Ministério da Saúde).