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Humanização, Notícias

Projeto “Polvinho de Amor” é retomado no HCFM

O Hospital Carlos Fernando Malzoni retoma o projeto “Polvinho de Amor”, em favor dos prematuros da UTI do HCFM. Esse projeto foi implementado pela ONG Nica Pinotti, em parceria com o Rotary Club Matão Terra da Saudade e pelo Hospital de Matão, pelas mãos da saudosa médica ginecologista obstetra e membro do corpo clínico do HCFM, Helena Beatriz Perissé de Oliveira, falecida no último dia 13 de novembro de 2021 (assista abaixo a entrevista concedida ao repórter Luiz Esteves da TVM).
O projeto consiste na confecção de polvos de crochê, seguindo rigorosos padrões de produção, que são colocados dentro das incubadoras, junto aos bebês prematuros.
Desde o mês de novembro deste ano a médica neonatologista do HCFM Stela Mara A. Coelho Ramazza está se empenhando para que esse projeto seja retomado. “Temos que buscar a melhor situação do bebê dentro da UTI Neo Natal, e esse polvinho é um item muito importante”, explica. De acordo com a neonatologista, os prematuros extremos chegam a passar dois a três meses dentro das incubadoras. “É importante minimizarmos os desgastes desses bebês, proporcionando mais calma, que refletem positivamente na frequência cardíaca e na pressão arterial”.
O projeto dos polvinhos de crochê, denominado “Octo Project”, foi criado na Dinamarca em 2013, e rapidamente se disseminou pela Europa e pelo mundo diante dos resultados positivos.
Dra. Stela esclarece que “o formato do polvo, confeccionado em crochê, remete o bebê à sensação de contato com a parede uterina, que proporciona calma ao prematuro, e os tentáculos do polvo fazem o bebê se recordar do cordão umbilical, garantindo maior segurança durante o período que o bebê precisa passar dentro da UTI Neo Natal.”
A neonatologista destaca que “estamos retomando esse projeto em homenagem à Dra. Helena Perissé, que era a nossa maior colaboradora nesse projeto. Ela própria confeccionava os polvinhos, conseguiu muitas colaboradoras e muitas doações em prol desse projeto de amor”, conclui Stela.
Naiara Périssé de Oliveira Finotti, filha da Dra. Helena Perissé aprovou a iniciativa da Dra. Stela: “Ficamos muito contentes e emocionados em saber que resolveram continuar com o projeto que minha mãe trouxe para o Hospital. Esses polvinhos são lindos!”. A ONG Nica Pinotti se coloca à disposição para que esse projeto continue aliviando o grande desafio no começo das vidas dos prematuros da UTI Neo Natal do HCFM.
De acordo com Denise Minelli, superintendente do HCFM, “o Hospital de Matão sempre será sensível à humanização e excelência no cuidado dos pacientes desde a mais tenra idade. A iniciativa da Dra. Stela Ramazzi, inspirada na nossa memorável amiga e médica Helena Perissé nos enche de orgulho e alegria”.

O projeto necessita de ajuda da população, por isso, quem quiser colaborar deve entrar em contato com a Casa da Gestante do HCFM: Telefone (16) 3383-2500 Ramal 2150. Rua Brasília, 626, defronte à portaria principal do Hospital de Matão na Av. Sete de Setembro.

Como fazer os polvinhos (gentilmente cedido pela ONG Nica Pinotti):

 Linha grossa de algodão puro (100% algodão) ou linha mais fina utilizada de forma dupla. A linha pode ser mercerizada ou não. A espessura da linha utilizada ou quando usada dupla deve servir para agulhas 2 mm, 2,5 mm ou 3 mm a depender do ponto de cada crocheteira;

 Os polvinhos devem ter o corpinho de 6 a 9 cm. A cabeça deve ter uma circunferência de 15 a 17 cm. Corpos maiores atrapalham o espaço na incubadora;

 O ponto utilizado deve ser fechado: pontos baixos (sem laçada);

 O trabalho deve ser iniciado com o chamado anel mágico, técnica de crochê https://www.youtube.com/watch?v=__8zgF7xX3w (veja abaixo) para que seja bem fechado e não ofereça riscos ao bebê como sair enchimento ou prender o dedo;

 Os tentáculos devem ser em número de oito e ter no máximo 22 cm ao serem esticados para não oferecem risco aos bebês. Os pontos dos tentáculos também devem ser fechados para não prenderem os dedos dos bebês.

 O enchimento deve ser de fibra siliconada para que os polvos possam ser esterilizados em autoclave. Não pode utilizar lã acrílica ou qualquer outro tipo de enchimento;

 Os polvos podem ser de qualquer cor ou várias cores, porém eventuais enfeites devem ser bordados, ou feitos em crochê e muito bem pregados e sem nós aparentes. Nada pode se prender a fios ou tubos. Nada pode ser colado como olhinhos de plástico, laços ou qualquer outro enfeite.

A receita

  1. Fazer 6 pontos baixos em um “anel mágico”. Puxar o fio para fechá-lo. Utilizar um marcador de carreira ou um pequeno alfinete para marcar o primeiro ponto de cada carreira. As carreiras devem crescer em espiral (sem fechar a carreira e subir uma correntinha). Sempre em espiral. Isso é importante para que não haja emendas que machuquem a pele fina dos bebes;
  2. Um ponto baixo duplo até o final (dois pontos baixos em cada ponto) – termina em 12 pontos;
  3. Um ponto baixo e um ponto baixo duplo no próximo ponto. Seguir assim até o final. Termina em 18 pontos;
  4. Dois pontos baixos e um ponto baixo duplo até o final. Termina com 24 pontos;
  5. Três pontos baixos e um ponto baixo duplo até o final. Termina com 30 pontos;
  6. Quatro pontos baixos e um ponto baixo duplo até o final. Termina com 36 pontos;
  7. Não se esquecer de sempre marcar o primeiro ponto com marcador ou alfinete;
  8. A partir daqui fazer 6 a 8 carreiras de pontos baixos (marcar o início e não esquecer que é sempre em espiral);
  9. Iniciar as diminuições;
  10. Quatro pontos baixos e uma diminuição até o final; ficam 30 pontos. Fazer duas carreiras de pontos baixos;
  11. Três pontos baixos e uma diminuição até o final; ficam 24 pontos. Fazer duas carreiras de pontos baixos;
  12. Dois pontos baixos e uma diminuição até o final; ficam 18 pontos. Fazer uma carreira de pontos baixos;
  13. Sete pontos baixos e uma diminuição; mais sete pontos baixos e uma diminuição. Ficam 16 pontos. Uma carreira de pontos baixos;
  14. Encher o polvinho com a fibra siliconada. Deve ficar firme sem ficar duro;
  15. Iniciar os tentáculos. Entre dois tentáculos haverá um ponto para separá-los;
  16. Fazer 50 correntinhas. Fazer três pontos baixos em cada correntinha pegando no elo de cima ao posicionar a correntinha virada de frente para a crocheteira. Não se esquecer de sempre arrumar a correntinha. Terminar na última correntinha com ponto baixíssimo. Fazer um ponto baixo no corpo do polvinho e mais um ponto baixo de onde sairá mais uma correntinha de 50 pontos. Seguir assim até o final, totalizando os oito tentáculos;
  17. Os tentáculos vão enrolando naturalmente, mas é preciso arrumá-los ao final;
  18. Fazer um ponto baixo em cada ponto baixo entre os tentáculos. Fazer uma carreira de pontos simples. Completar com fibra siliconada o espacinho que sobrou. Fechar o buraquinho com linha na agulha de tapeçaria;
  19. Bordar os olhinhos e boquinha ou fazê-los em crochê muito bem pregados. Vale qualquer enfeite desde que não se prenda aos fios; não pode aparecer nenhum nozinho e nada pode ser colado.
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