O presidente da Confederação Nacional de Saúde, Breno Monteiro, alertou sobre o risco de desabastecimento de insumos médicos que preocupa os serviços de saúde.
Em entrevista concedida à CNN, Breno informou que as clínicas de imagem estão com dificuldade para a compra de contraste radiológico, enquanto a maioria das clínicas de hemodiálise estão com dificuldade para aquisição de soro hospitalar, produtos essenciais para a prestação de serviço. Destacou ainda que mais da metade dos prestadores relataram dificuldade para adquirir os produtos nas próximas três semanas.
“Nesse cenário, em que as solicitações para entrega dos medicamentos estão levando um prazo de 30 dias, temos um atraso de desabastecimento de aproximadamente 15 dias, diante dos relatos de que devem durar somente nesse período”, destacou Monteiro.
A descontinuidade do abastecimento de contrastes, causada pela interrupção de fornecimento de insumos por parte de uma das principais empresas do mercado, também teria prejudicado as estratégias de contingenciamento.
Desde o início do ano, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) já sinalizavam sinais de desabastecimento, tendo enviado ofícios ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedindo providências sobre o caso.
A Associação Brasileira da Indústria de Soluções Parenterais – Abrasp afirmou que está tomando providências, tendo iniciado um trabalho de levantamento da situação atual de fabricação junto aos seus associados fabricantes de soro fisiológico.
De acordo com a superintendente do HCFM, Denise Minelli, “o Hospital vem enfrentando sérias dificuldades para a obtenção de insumos, especialmente o contraste para exame de imagens e soro fisiológico, tendo em vista, a carência total desses insumos no mercado. Estamos conseguindo manter estoques de emergência, e realizando todos os esforços para solucionar esse problema”.