O Hospital Carlos Fernando Malzoni adverte que a pandemia do novo coronavírus ainda não terminou. Assim como no Estado de São Paulo, Matão tem apresentado queda no contágio e nas internações por COVID-19. Desde o início de agosto o HCFM registrou uma média de 15 a 20 pacientes internados, entre Enfermaria e UTI, ou seja, a metade da média registrada no início do mês de julho/2021.
Os números parecem ser animadores, mas o momento não é para comemoração. Uma variante do vírus, proveniente da Índia, denominada Delta, com capacidade de contágio maior, está preocupando o mundo, com o surgimento de uma terceira onda de contágio.
Quem já se imunizou, mesmo que tenha tomado a quantidade de doses necessárias da vacina, corre risco de se contaminar, ou contaminar outras pessoas. De acordo com o Dr. César Minelli, Diretor Técnico do Hospital de Matão, “quem estiver com a vacinação completa, tem uma chance menor de ter formas graves da doença. Mas vamos lembrar que as formas leves também são muito prejudiciais. As sequelas, não só respiratórias, mas cognitivas, neurológicas, estão presentes mesmo nos casos leves. Vamos lembrar também que quem está imunizado pode transmitir a doença, sendo um portador assintomático. Nenhuma vacina oferece 100% de proteção”, reitera.
O Governo do Estado de São Paulo está flexibilizando os horários do comércio e serviços, mas na avaliação do Dr. Minelli, “mesmo com essa flexibilização, devem ser mantidos os cuidados com distanciamento, evitando aglomeração, e principalmente o uso de máscaras”. Minelli explica que “alguns epidemiologistas estão achando que essa flexibilização está muito rápida. Alguns países que fizeram a flexibilização, como os Estados Unidos, assim como alguns países da Europa, mas precisaram voltar atrás, tornando novamente obrigatório o uso de máscaras em ambientes fechados, porque houve um aumento de novos casos de coronavírus”.
Sobre a possibilidade de sermos atingidos por uma terceira onda da doença, Minelli explica que “as pessoas mais ameaçadas são as pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina. Está bem claro nos estudos que a proteção da vacina contra essa nova variante é mais eficaz para quem tem a imunização completa, ou seja, as duas doses. Quem será mais atingido é quem tiver uma dose só, ou quem não foi vacinado”. Lembrando que a maioria das vacinas necessitam de duas doses para que a imunização seja mais eficaz.
Desde 17 de novembro de 2019 quando foi registrado o primeiro caso de COVID-19 em Wuhan, na China, a pandemia contabilizou mais de 204,7 milhões de casos, com mais de 4,3 milhões de mortes. No Brasil mais de 20,2 milhões de casos com 565,7 mil mortes. Em Matão 5,8 mil casos confirmados e 198 mortes (Boletim da Prefeitura de Matão em 12/08/2021).
Dr. César Minelli recomenda que todos mantenham os cuidados com a proteção: “fiquem todos cientes de que o risco de ter novos casos, e casos graves, e aumentar a mortalidade é alto, mesmo estando vacinadas. Quando se fala em “proteção”, trata-se do uso de máscara, distanciamento, evitar aglomerações”.