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Hospital de Matão realiza captação de órgãos para transplante

No dia 4 de outubro o Hospital Carlos Fernando Malzoni realizou captação de órgãos para transplante. Dois pulmões e dois rins foram retirados de paciente em situação de morte encefálica. Equipes de médicos cirurgiões do INCOR HC USP São Paulo e do Hospital das Clínicas FMRP USP de Ribeirão Preto estiveram no HCFM para a realização dos procedimentos.
As equipes de cirurgiões trabalharam em sequência, e com a máxima rapidez, pois os órgãos possuem prazos para serem transplantados, conhecido na medicina como tempo de isquemia. Os procedimentos foram acompanhados por médicos e enfermeiros do Hospital de Matão, dentre eles Dr. Isaías Longitano Júnior, as enfermeiras Janaína Schimicoski, chefe de enfermagem da UTI, Esther Langhi, gerente assistencial, Marta de Jesus Ramos Pelegrini coordenadora do Centro Cirúrgico e Agami Roseli Garcia coordenadora de enfermagem. O HCFM possui equipe especializada e uma Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes, coordenada pela neurologista Dra. Liliana Ujikawa. Essa Comissão tem o objetivo de identificar os pacientes com possível diagnóstico de morte encefálica, ajudar a equipe assistencial no diagnóstico na comunicação e acolhimento das famílias, e ainda trabalha para facilitar o processo de transplante de órgãos nos casos autorizados por meio das organizações regionais de transplante. A Comissão também se dedica à educação da comunidade, chamando a atenção para a importância da doação de órgãos, realizando campanhas de conscientização.

Diálogo doloroso e salvador
Para que ocorra a doação de órgãos de pacientes não vivos, é necessário por lei autorização formal da família desse paciente. Dra. Liliana explica que a decisão da família num momento de fragilidade pela morte de um parente é dolorosa, ao mesmo tempo em que é salvadora, porque leva esperança de sobrevida a pacientes que normalmente enfrentam longas filas de espera por um órgão. Segundo Liliana, apesar do grande volume de cirurgias realizadas no Brasil, há uma incômoda lista de espera para receber um órgão de aproximadamente 57 mil pessoas. A autorização para a doação dos órgãos tem sido o maior obstáculo para a efetivação dos transplantes. Na maioria das vezes, os familiares não autorizam a doação por não conhecerem o desejo da pessoa em doar seus órgãos. Por isso é sempre importante reforçar esse desejo aos parentes ainda em vida. Esse ainda é um assunto polêmico e de difícil entendimento para muitas pessoas, resultando num alto índice de recusa familiar, atualmente em torno de 38,4%, o que provocado uma diminuição do número de transplantes e doações de órgãos no país.

Pacientes vivos e não vivos podem doar órgãos
Quando viva, a pessoa pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões. Basta ser maior de idade e capaz juridicamente. É essencial haver compatibilidade sanguínea, e a realização de testes para selecionar o doador.
No caso de doadores não vivos, o paciente deve estar com quadro de morte encefálica, que é a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro. Mesmo que o paciente receba suporte artificial das funções vitais, elas entram em colapso em questão de horas ou dias. Nessa situação, invariavelmente, o sangue que vai do corpo até o cérebro é bloqueado, ou seja, o cérebro morre. Por isso, morte encefálica significa morte do indivíduo tanto do ponto de vista médico como legal. Constatada a morte encefálica, o paciente é submetido a vários exames com o intuito de viabilizar a eventual doação de órgãos. De acordo com o Ministério da Saúde, pacientes não vivos podem doar órgãos – rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino, e tecidos – córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.
Os transplantes são garantidos pelo SUS – Sistema Único de Saúde, que é responsável pelo financiamento e realização de quase 90% dos transplantes de órgãos do país.

Assista à matéria feita pela TVM sobre o assunto:

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