No último dia 10 de março, o presidente do Hospital Carlos Fernando Malzoni, João Marchesan, esteve com a Ministra da Saúde, Nísia Trindade de Lima, na sede da FIESP em São Paulo. Na oportunidade, ele apresentou à Ministra a situação caótica em que as santas casas de todo o Brasil estão vivendo. O Brasil possui 1.802 santas casas, sendo que 409 dessas entidades filantrópicas estão situadas no Estado de São Paulo. 149 municípios paulistas possuem um único hospital para atender à população, que é o caso da cidade de Matão.
No último ano, as santas casas de São Paulo atenderam a 70% das internações de alta complexidade e a 50% dos casos de média complexidade. Durante a pandemia houve aumento da demanda do SUS, provocado pela onda de desempregos, a inflação impactou drasticamente os preços dos medicamentos e insumos, e esses preços não retornaram à normalidade; A defasagem da tabela do SUS há mais de 20 anos resultou em subfinanciamento, dificultando ainda mais à gestão das santas casas. Mais de 300 instituições encerraram atividades nesse período.
João Marchesan explicou que o endividamento das santas casas no Brasil, hoje, é praticamente impagável. Segundo ele, “é necessário haver uma política pública do Estado para atualizar a tabela SUS e financiar as dívidas das santas casas com juros compatíveis por no mínimo 20 anos, para que essas instituições resolvam seus problemas financeiros e possam atingir o equilíbrio”. O presidente do HCFM entregou à ministra um ofício, convidando-a a visitar o HCFM e pedindo ajuda emergencial, visto que desde a sua fundação em 1913, o HCFM não passava por crise tão desafiadora. Leia à matéria publicada no jornal A COMARCA (clique) edição de 17/3/2023